INFRAESTRUTURAS DE APOIO E PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo é essencial para a dinamização de qualquer economia, mas ser empreendedor não é, de forma alguma, fácil. Implica um grande esforço, organização, perseverança, trabalho, competências em diversas áreas de conhecimento (know how técnico do produto/serviço, estado atual da arte, o mercado e respetivos nichos, economia, finanças, contabilidade, marketing, comunicação, entre muitos outros), o que torna praticamente impossível a um empreendedor dominar todas as competências que lhe são exigidas.
No manual “Criar A Empresa”, estão referidas diversas infraestruturas de apoio, como por exemplo o Portal do Cidadão (Balcão do Empreendedor), o Portal Empresa na Hora (e seus balcões físicos), entre outras estatais, que não serão mencionadas neste manual, mas deverão ser consultadas.
Para colmatar esse gap entre competências e competências detidas, um empreendedor deve começar por recorrer às infraestruturas e organismos de apoio ao empreendedorismo, de forma a otimizar o sucesso e minorar o risco associado ao empreendedorismo e à transição para “empresário”.
Por outro lado, o empreendedor deve igualmente rodear-se de contactos e pessoas que detenham competências que colmatem as suas, quer recorrendo a serviços contratados (por exemplo contabilidade, serviços jurídicos, marketing e promoção digital, ou outros), quer recorrendo a entidades que apoiam e promovem o empreendedorismo, detêm projetos específicos para o efeito e/ou auxiliam a concretização do projeto empresarial. Algumas dessas infraestruturas e organismos de apoio ao empreendedorismo gerem linhas de apoio de financiamento a uma ou outra vertente do empreendedorismo. Algumas das infraestruturas/organismos mais relevantes são:
1. IAPMEI, I.P. - Agência para a Competitividade e Inovação;
2. IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional;
3. ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários
4. Incubadoras de empresas;
5. Enterprise Europe Network
6. BIC – Business and Innovation Center
IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação
O IAPMEI é uma agência que atua sob a tutela do Ministro da Economia e tem como tem missão auxiliar as PME no que concerne à inovação, crescimento sustentável, internacionalização, reforço das competências de gestão, melhoria da competitividade, aumento da produtividade e da capacidade produtiva, bem como facilitar o acesso das PME a informações de mercados internacionais, acesso a mercados financeiros e o Networking.
O empreendedorismo é outro dos vetores do IAPMEI, uma vez que se pretende que haja uma elevada convertibilidade de ideias empreendedoras em empresas sustentáveis. Com o objetivo de reforçar e dinamizar o ecossistema empreendedor nacional, o IAPMEI coloca à disposição dos empreendedores portugueses um conjunto incentivos, programas de apoio e outras iniciativas, direcionados especificamente a esta franja da economia nacional:
1.1. Startup Visa
O Startup Visa é um programa de acolhimento de estrangeiros empreendedores que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e/ou inovação em Portugal, com vista à concessão de visto de residência ou autorização de residência para imigrantes empreendedores, o qual se rege por regulamento próprio.
Este Programa prevê um processo prévio de certificação de incubadoras para que possam ser entidades de acolhimento e apoio a imigrantes empreendedores na criação e instalação de empresas de base tecnológica.
As incubadoras terão um papel essencial no enquadramento e apoio aos imigrantes empreendedores e nos seus projetos empresariais, desde a fase de desenvolvimento da ideia, visando a criação de novas empresas.
2.2. Startup Voucher
O StartUP Voucher é uma das medidas da StartUP Portugal - Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, que dinamiza o desenvolvimento de projetos empresariais que se encontrem em fase de ideia, promovidos por jovens com idade entre os 18 e os 35 anos, através de diversos instrumentos de apoio disponibilizados ao longo de um período de até 12 meses de preparação do projeto empresarial.
2.3. SI Empreendedorismo Qualificado e Criativo
O SI Empreendedorismo Qualificado e Criativo destina-se a PME com menos de 2 anos.
São suscetíveis de financiamento os projetos a dinamizar em setores com fortes dinâmicas de crescimento, incluindo os integrados em indústrias criativas e culturais, e/ou setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento ou que valorizem a aplicação de resultados de I&D na produção de novos bens e serviços, valorizando a articulação como ecossistema do empreendedorismo.
Consideram-se enquadráveis os investimentos de natureza inovadora, relacionados com a criação de um novo estabelecimento, que se traduzam na produção de bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis e com elevado nível de incorporação nacional e que correspondam a um investimento inicial, conforme definido no artigo 2.º do Regulamento (UE) n.º 651/2014, de 16 de junho.
- Incentivo: Incentivo Reembolsável (I.R.) entre 30 e 75%.
- Condições de reembolso: Prestações semestrais, 8 anos com 2 de carência (sem juros).
- Avaliação de resultados (Indicadores a avaliar no segundo ano após a conclusão do projeto: crescimento do VAB, postos de trabalho qualificados e volume de negócios):
- Superação – isenção de reembolso até 45% do incentivo: 10% de isenção acima de 100% de Grau de Realização (GR) podendo atingir uma isenção máxima de 50% para mais de 125% de GR (Anexo D do RECI).
- Não cumprimento – antecipação do incentivo reembolsável - parcial se GR < 75%; total para GR < 50%.
2.4. Vale Incubação
Esta medida pretende conceder apoios a projetos simplificados de empresas com menos de um ano na área do empreendedorismo, através da contratação de serviços de incubação prestados por incubadoras de empresas previamente acreditadas.
Critérios de elegibilidade dos beneficiários do Vale Incubação (para além dos gerais):
São suscetíveis de apoio os projetos de aquisição de serviços de incubação na área do empreendedorismo, imprescindíveis ao arranque das empresas, nomeadamente:
- Serviços de Gestão - Apoio na definição/consolidação do modelo de negócios; acompanhamento na gestão operacional do negócio (incluindo gestão comercial, planeamento financeiro e controlo de gestão); e tutoria e capacitação na gestão;
- Serviços de Marketing - Apoio na estruturação da estratégia de comunicação/ marketing; apoio na divulgação da atividade, produtos e serviços; apoio na estruturação/consolidação do processo de internacionalização;
- Serviços de Assessoria Jurídica - Assessoria e apoio jurídico;
- Desenvolvimento de produtos e serviços- Apoio à digitalização de processos de negócios; apoio à proteção/valorização de direitos de propriedade intelectual;
- Serviços de Financiamento- Apoio a candidaturas a concursos de empreendedorismo e inovação; apoio no contacto com investidores e entidades financeiras.
São beneficiários desta medida micro e pequenas empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica.
Incentivo: Incentivo Não Reembolsável (INR) 75% com limite de €5.000 (exceção dos incentivos a conceder pelo PO Regional de Lisboa, os quais são calculados através da aplicação, às despesas elegíveis, de uma taxa máxima de 40% com limite € 5.000).
2.5. Business Angels
O Business Angel é um investidor em nome individual, com capital e experiência empresarial, que normalmente faz os seus investimentos em nome individual, preferencialmente em oportunidades “nascentes” (tipo start-up ou early stage). Para além da sua capacidade financeira, o Business Angel coloca à disposição do empreendedor a sua experiência e rede de contactos, elementos importantes à formatação do negócio numa base mais sólida.
Os Business Angels são investidores individuais que realizam investimentos de forma profissional, diretamente ou através de sociedades veículo, no capital de pequenas e médias empresas com elevado potencial de valorização. Além do investimento monetário, aportam também aos projetos empresariais conhecimentos técnicos ou de gestão, bem como redes de contactos. Tipicamente, os Business Angels cedem capital a empresas emergentes, com determinado grau de inovação, cuja dimensão é ainda muito pequena para atraírem capital de risco. Por outro lado, tendem a assumir um papel de grande colaboração com o empresário, contribuindo com a sua experiência. Os Business Angels possuem uma série de características em comum, como sejam, a realização de investimentos que normalmente variam entre os €25 mil e €500 mil; gostam de exercer a sua capacidade de mentoring dos projetos; procuram, não só um elevado retorno nos projetos em que investem, mas também novos desafios de preferência no seu país ou região.
2.6. de Nacional de Mentores
A Rede Nacional de Mentores (RNM), gerida pelo IAPMEI, tem como objetivo apoiar empreendedores a desenvolverem as suas ideias e projetos empresariais, através de mentoria e está disponível para todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação.
A RNM depende do envolvimento dos profissionais com vontade de partilhar a sua experiência (mentores) e dos empreendedores com determinação para alcançar o sucesso.
A RNM propõe o estabelecimento de ligações entre pessoas, mas não define um programa específico de mentoria. O mentor e o empreendedor ajustam a sua forma de atuação dentro dos Princípios Orientadores que regem a RNM.
2.7. Startup Portugal
O Ministério da Economia lançou uma Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, designada StartUp Portugal, que tem por visão o alargamento a todo o País e a todos os setores de atividade da dinâmica empreendedora subjacente à constatação de que Portugal tem hoje um dos mais vibrantes ecossistemas de empreendedorismo europeus, decorrente dos investimentos realizados na última década em qualificação de recursos humanos, infraestruturas e tecnologia, que proporcionam enormes oportunidades para quem pretende lançar ou investir em novos negócios.
A Estratégia Nacional para o Empreendedorismo - StartUp Portugal é composta por um conjunto de 15 medidas de apoio ao empreendedorismo que serão implementadas por diversas entidades do ecossistema empreendedor, nomeadamente o IAPMEI, a Portugal Ventures (sociedade de capital de risco onde o IAPMEI é o acionista de referência), a IFD - Instituição Financeira de Desenvolvimento, a PME Investimentos (sociedade financeira participada pelo IAPMEI), a AICEP, o Turismo de Portugal, as Universidades, os Ministérios da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Presidência e Modernização Administrativa e das Finanças e, no âmbito da participação portuguesa no Web Summit, a Câmara Municipal de Lisboa e o Turismo de Lisboa.
IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional
O IEFP, conta com uma rede de entidades credenciadas por si, para prestar um conjunto de serviços que reforçam a sua intervenção ao nível do apoio ao empreendedorismo, através do apoio à criação e consolidação de projetos de criação do próprio emprego/empresas prestado por Entidades Prestadoras de Apoio Técnico (EPAT) e à instalação de novas empresas em Ninhos de Empresas.
3.1. EPAT - Entidades Prestadoras de Apoio Técnico
O IEFP promove e dinamiza, desde 2011, a rede EPAT de entidades credenciadas pelo IEFP para prestar apoio técnico a promotores de projetos de criação do próprio emprego ou empresa, no âmbito de medidas e programas de apoio ao empreendedorismo executadas pelo IEFP, como por exemplo o programa PAECPE – Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego, que beneficia da linha de apoio correspondente (LAECPE).
As EPAT apoiam os empreendedores na estruturação do projeto, na mitigação de riscos do negócio, na angariação de fontes de financiamento e na sustentabilidade do projeto, bem como da sua maturação. Nas seguintes modalidades de apoio:
- Apoio técnico prévio com vista ao desenvolvimento de competências em empreendedorismo, e à estruturação do projeto, operacionalizado na elaboração de planos de investimento e de negócio.
Apoio técnico à consolidação do projeto, nos dois primeiros anos de atividade, de forma a providenciar um acompanhamento e consultoria ao nível da gestão e operacionalização da atividade.
3.2. Programa Nacional de Microcrédito
Esta Linha, promovida pelo no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Empresa (PAECPE), visa facilitar aos desempregados, jovens à procura do primeiro emprego e trabalhadores independentes com baixos rendimentos, a criação da sua própria empresa/posto de trabalho através de empréstimos bancários com bonificações.
3.2.1. Sou Mais
O SOU MAIS é a imagem do Programa Nacional de Microcrédito que facilita o acesso ao crédito através de um financiamento de pequeno montante, destinado a apoiar a concretização de projetos cujo limite máximo de investimento e de financiamento é de 20.000 € para aqueles que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social, possuam uma ideia de negócio viável e apresentem projetos viáveis para criar postos de trabalho; ou microentidades que apresentem projetos com criação líquida de postos de trabalho, em especial no domínio da atividade na área da economia social, não apenas os inscritos no IEFP.
3.3. Linha / Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego – PAECPE
A linha PAECPE está disponível para os cidadãos inscritos nos Centros de Emprego há menos de 9 meses; quem nunca tenha exercido atividade – em particular jovens à procura do primeiro emprego entre 18-35 anos, e profissionais independentes com baixo rendimentos anuais, com vista à criação de empresas de pequena dimensão, através de crédito com garantia e bonificação da taxa de juro.
O Programa Nacional de Microcrédito conta com as seguintes entidades aderentes: CGD, Millennium-BCP, BES, BPI, Santander-Totta, Barclays, Banco Popular, Crédito Agrícola, Montepio Geral e BANIF, embora nem todas as instituições bancárias se demonstrem interessadas neste tipo de produto, não lhe dando a devida importância e prazos de resposta aceitáveis.
As candidaturas ao Programa Nacional de Microcrédito (crédito bonificado e garantido) beneficiam dos apoios previstos na linha de crédito MICROINVEST, bem como do pagamento, por uma só vez, total ou parcialmente, do montante global das prestações de desemprego.
ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários
A ANJE é uma associação que apoia os empreendedores – em particular os jovens empreendedores – disponibilizando uma vasta gama de serviços e apoios, nomeadamente:
- Conceção e apoio à maturação da ideia, até à transição;
- Elaboração de estudos de mercado;
- Elaboração de planos de negócio;
- Financiamento do projeto: instrumentos de financiamento / sistemas de incentivo;
- Constituição da empresa e incubação da empresa;
- Contabilidade, assessoria fiscal e licenciamentos.
- Formação em empreendedorismo e organização;
- Serviços de apoio à gestão de recursos humanos;
- Gestão estratégica;
- Internacionalização.
4.1. Loja do Empreendedor
A ANJE disponibiliza um espaço de apoio integrado ao empreendedorismo, suportado por um conjunto de instrumentos de consultoria, através da sua Loja do Empreendedor, que funciona como um balcão especializado no acompanhamento da criação e desenvolvimento de empresas (PME).
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Atualmente, a ANJE conta com Lojas do Empreendedor a funcionar nos seus núcleos regionais (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), mas através do Balcão Virtual de Atendimento presta também apoio à distância, tornando mais rápida a eficaz a resposta dos seus consultores especializados.
4.2. Linhas de Apoio com parceria ANJE
A ANJE, através das suas parcerias, conta também com linhas de apoio ao empreendedorismo, para criar ou desenvolver empresas, nomeadamente o MICROFINANCIAMENTO (com a CGD, até 50 mil euros), MICROCRÉDITO (com o NOVOBANCO, até 12500 euros); Linha de Crédito EARLY STAGE (financiando as atividades de empresas de carácter inovador, com menos de 3 anos de atividade).
Incubadoras de Empresas
Uma das formas mais comuns de apoio é a “incubação”, realizadas em Incubadoras de Empresas. As incubadoras visam acolher e desenvolver novos projetos empresariais, podendo entrar numa rede de incubadoras, com ou sem parceria com Centros Tecnológicos e/ou outros Centros de Saber.
Uma incubadora disponibiliza os seus espaços, apoiando igualmente a gestão do projeto empresarial, possibilitando uma troca de experiências entre empreendedores e uma acrescida facilidade no desenvolvimento de uma rede de contatos, disponibilizando estes recursos a preços competitivos, meramente simbólicos.
Assim, especificando, as incubadoras de empresas estão preparadas para apoiar o desenvolvimento de projetos empresariais nas três áreas funcionais básicas, nomeadamente:
- Facilitação/Networking – promovendo a ligação a outras empresas e auxiliando o desenvolvimento de contactos e parcerias. Desse Networking estabelecido pode resultar o desenvolvimento de projetos conjuntos, o que possibilita o aumento da força de uma iniciativa.
- Qualificação/capacitação – auxiliando a aquisição e angariação de competências e know-how pelos empreendedores, quer pela facilitação d o networking citado, quer pela estreita ligação a centros tecnológicos e/ou de saber, ou associações empresariais.
- Desenvolvimento/financiamento – auxiliando o empresário a obter financiamento e executar/desenvolver o seu projeto empresarial. Para tal apoia o empreendedor a efetuar candidaturas a linhas de financiamento diversas.
5.1. Rede Nacional de Incubadoras
A Rede Nacional de Incubadoras tem como objetivo identificar, mapear e interligar as incubadoras e aceleradoras existentes no País, criadas por iniciativa de universidades, polos científicos e tecnológicos, autarquias, empresas privadas ou entidades estrangeiras, bem como identificar e suprir lacunas a nível regional e sectorial, promovendo a cooperação e partilha de recursos físicos, de know-how e da redes de mentores e investidores.
Pré-Incubação
A fase de pré-incubação e/ou aceleração, contempla serviços de análise da ideia e do projeto, de processos de inovação e deteção de oportunidades adicionais, de definição do modelo de negócio, de “mentoring”, de preparação do plano de negócios e de procura de fontes iniciais de financiamento.
Ao selecionar uma incubadora deverá verificar não só o tipo de apoiosserviços de que poderá beneficiar, mas também assegurar-se que as metodologias utilizadas são eficazes, eficientes e suficientemente testadas.
Incubação Virtual
Tanto a incubação virtual como a incubação física, abrangem os apoios de “coaching”, de desenvolvimento do plano de negócios, de criação da empresa, de financiamento e, quando a empresa atinge uma fase de expansão (e tipicamente sai da incubação física), podem ainda ser prestados apoios para aumento do volume de vendas, da produtividade e para a internacionalização.
A título de exemplo, ficam algumas entidades
Existem atualmente, em Portugal, entidades de incubação que promovem uma participação mais interativa das pessoas com o empreendedorismo, através de software e da promoção de eventos:
- Acredita Portugal: software Dreamshaper
- Beta-I: programa Beta-Start
- BGI - Building Global Innovators: Organização do Hackaton
Projeto Semente
O Programa Semente pretende apoiar investidores individuais interessados em entrar no capital social de startups inovadoras. Cria um regime fiscal mais favorável para estes e favorece a criação e crescimento de projetos empresariais de empreendedorismo e inovação.
Todas as empresas inovadoras com elevado potencial de crescimento, que possuam a certificação PME (emitida pelo IAPMEI) e a certificação pela Rede Nacional de Incubadoras (como a própria Startups Semente) podem usufruir deste tipo de apoio, desde que não estejam cotadas em mercado regulamentado ou não regulamentado de bolsa de valores.
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Através deste programa os investidores podem obter deduções fiscais de até 25% do investimento realizado e até um máximo de 40% da coleta no seu IRS anual, durante um período de 3 anos sucessivos, tornando apelativa o investimento/aplicação de capitais em startups, que por sua vez recebem fluidez e capital inicial para a investigação e desenvolvimento de produtos/serviços e/ou aquisição de material e equipamento fundamental, e têm mais uma ferramenta para evitar o endividamento nas fases iniciais da sua atividade empresarial.
As candidaturas das empresas à certificação como Startup Semente estão abertas até 31 de Janeiro de 2018, para investimentos realizados até 31 de Dezembro de 2017.
Enterprise Europe Network
- A Enterprise Europe Network é uma iniciativa da Comissão Europeia que tem como objetivo apoiar as empresas, através de um conjunto de serviços desc entralizados e de proximidade que prestam auxílio nos processos de internacionalização e na identificação de parceiros estratégicos para a inovação e o desenvolvimento sustentado dos seus negócios, tendo sido criada em 2008, no âmbito do Programa-Quadro para a Competitividade e Inovação da União Europeia.
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A Network é a sucessora das anteriores redes comunitárias de Euro Info Centres e de Innovation Relay Centres, sendo atualmente constituída por mais de 600 entidades, em mais de 60 países no mundo e envolvendo mais de 300 profissionais.
Para além deste apoio como intermediária na identificação de parcerias de negócios, a Network disponibiliza também diversos instrumentos e programas comunitários de financiamento.
6.1. A EENetwork em Portugal
A Enterprise Europe Network é representada em Portugal pela EEN-PORTUGAL que está em funções durante o ciclo 2015-2020 e integra 12 entidades, lideradas pelo IAPMEI, nomeadamente:
- IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P.
- ACIF - Associação Comercial e Industrial do Funchal – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira
- ANI – Agência Nacional de Inovação
- AEP – Associação Empresarial de Portugal
- AIDA – Associação Industrial do Distrito de Aveiro
- AIMINHO – Associação Empresarial
- AIP – Associação Industrial Portuguesa
- CCDR Algarve – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
- CCIPD – Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada
- CEC – Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro
- INESC PORTO – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto
- LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P.
A EEN-PORTUGAL Network apoia as empresas portuguesas na identificação de oportunidades de negócio e internacionalização, tanto no âmbito do mercado único, como em outros países, como a China, os Estados Unidos da América, o Brasil, a Rússia, entre outros, assumindo-se desta forma como um instrumento facilitador na internacionalização das PME nacionais, e consequente aumento da sua competitividade.
A Enterprise Europe Network contribui de forma significativa para a melhoria dos índices de internacionalização e inovação das PME, ajudando-as a melhor explorar as oportunidades de negócio além-fronteiras, através da submissão de oportunidades de cooperação de empresas portuguesas na base de dados da Comissão Europeia (POD-Partnering Opportunities Database), facilitação do “matching” de empresas portuguesas com empresas estrangeiras e o encontro de eventos de brokerage.
Com o objetivo de convergir com as políticas europeias que visam o desenvolvimento empresarial, a Network constitui-se também como um canal de comunicação privilegiado das PME junto da Comissão Europeia, dinamizando painéis de auscultação sobre temas de interesse para as estratégias empresariais.
BIC – Business and Innovation Centers
Os Business Innovation Centers (BIC) são instituições de apoio aos Empreendedores Inovadores e às Pequenas e Médias Empresas (PME's), reconhecidos pela Comissão Europeia e coordenados pela EBN - European Business Centre Network.
Os BIC têm como missão a promoção do Empreendedorismo e da Inovação Empresarial, através do apoio à criação e modernização das PME's. Constituindo-se como centros de conhecimento e competências, assumindo o papel de agentes impulsionadores do desenvolvimento regional.
Em Portugal, os BIC estão associados segunda a BICS - Associação Nacional dos Business Innovation Centres de Portugal.
A BICS tem por fim congregar todos os European Business Innovation Centres, reconhecidos como tal pela Comissão Europeia, que possuam sede em território nacional com vista a potenciar a atividade de todos os seus membros através da partilha de recursos, metodologias, meios e experiências, facilitando a realização concertada de ações conjuntas.
OS BIC portugueses são:
- BIC Alentejo – Sines Tecnopólo, Associação Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica Vasco da Gama
- BIC Beira Interior – CIEBI - Centro de Inovação Empresarial da Beira Interior
- BIC Cascais – Agência DNA Cascais
- BIC Coimbra – IPN Instituto Pedro Nunes
- BIC Madeira – CEIM, Centro de Empresas e Inovação da Madeira
- BIC Minho – Oficina da Inovação
- BIC Porto – NET, Novas Empresas e Tecnologias
- BIC Vale do Tejo – Tagusvalley, Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Tecnopólo do Vale do Tejo
7.1. EBN (European Business and Innovation Centres Network)
A EBN (European Business and Innovation Centres Network) com mais de 160 BIC's nos 25 países da União Europeia, procura incrementar a cooperação entre os instrumentos de suporte a projectos inovadores.
A Rede Europeia BIC é a máxima referência da Inovação, da Incubação e do Empreendedorismo na Europa.
A Inovação é hoje reconhecida a nível mundial como um elemento essencial do desenvolvimento económico.
A rede Europeia de Business Inovation Cntres foi criada em 1984, por iniciativa da Comissão Europeia, com o objectivo de promover e apoiar os BIC's em todos o território europeu.
FONTES CONSULTADAS
IAPMEI
- https://www.iapmei.pt/
- http://academiapme.iapmei.pt/
- http://juventude.gov.pt
- http://www.portugalglobal.pt/PT/InvestirPortugal/ApoiosaoInvestimento/Paginas/ComissãoPermanentedeApoioaoInvestimento.aspx
IEFP
- https://www.iefp.pt/
- impulsojovemportugal.pt/
- http://microcredito.com.pt/
- http://www.sou-mais.org/
ANJE
- http://www.anje.pt/
- http://www.acreditaportugal.pt
INCUBAÇÃO
- http://www.iera.pt/
- rni.pt/programa-semente
- iefp.pt
- http://www.rni.pt/programa-semente
ENTERPRISE NETWORK
- https://www.een-portugal.pt/
- http://ani.pt/
BICs